quinta-feira, 26 de novembro de 2009

RIO 2016: NOVOS RUMOS NO ESPORTE


De quatro em quatro anos os melhores atletas do mundo em diversas modalidades se reúnem em um evento de proporções mundiais: são as Olimpíadas.

Ao longo da história dos Jogos Olímpicos, vários esportes já fizeram parte das modalidades em disputa, algumas muito excêntricas, como corrida de balões, natação com obstáculos, cabo de guerra e até mesmo tiro aos pombos. Inúmeras competições não emplacaram e foram retiradas da programação. Por tradição, em todas as edições duas modalidades são retiradas e outras duas inseridas.

A escolha do Rio de Janeiro como cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016 pode representar uma chance de ouro para os praticantes de esportes pouco populares no Brasil, como hóquei sobre grama, badminton, baseball, entre outros. Isso porque o país sede tem a oportunidade de indicar atletas para todas as modalidades em disputa, independente de ter ou não tradição nas mesmas.

Algumas modalidades conseguem ter visibilidade e despertar interesse nos brasileiros, como o futebol, vôlei e a natação – que há pouco tempo foi impulsionada pelos resultados recentes do nadador César Cielo. Além dessas modalidades que sempre fazem parte dos jogos, outras duas vão estar entre as disputas olímpicas de 2016: rúgbi e golfe. Ambos os esportes tiveram que ser escolhidos entre vários outros que ficaram de fora, como o baseball, softball, squash, patinação e o famoso caratê.

Além de estrear no golfe e no rúgbi, o Brasil vai disputar em mais duas diferentes modalidades: badminton e hóquei sobre grama, cujos resultados conquistados até hoje não são animadores. Na primeira participação da seleção feminina nesse esporte, no Pan Americano de 2007, as atletas não conseguiram sequer fazer um gol. Foram 5 derrotas com 53 gols sofridos. Mesmo assim as meninas não desanimaram, e com a vaga em 2016 garantida esperam conseguir um resultado bem melhor nas Olimpíadas.

Para o Brasil obter resultados positivos nessas duas modalidades será preciso manter o foco e galgar mais investimentos. Atualmente, o badminton e o hóquei sobre grama contam apenas com o incentivo da Lei Piva, que dá uma contribuição de R$ 800 mil reais por ano, o que parece muito, mas na prática não é o necessário para incentivar e fortalecer um esporte ainda impopular no Brasil.

Para conseguir resultados é preciso dedicação e treinamento por parte dos atletas e investimentos por parte do governo. Aos atletas desses esportes cabe a parte mais difícil que é tentar conciliar seus treinamentos e competições com seus respectivos trabalhos fora do esporte. Por serem impopulares, o badminton e o hóquei sobre grama não conseguem atrair investimentos e como consequência não conquistam resultados positivos nas competições de alto nível. Com a garantia de participação em 2016, só nos resta torcer para que nossos atletas possam ter condições de treinar bem e quem sabe conquistar um lugar no pódio olímpico.

TACADA CERTEIRA





O americano Tiger Woods, atleta que mais faturou nos últimos dois anos, é a maior aposta do golfe para conquistar o público nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Pela primeira vez na história dos jogos, o esporte do taco e da bolinha vai fazer parte das modalidades em disputa.

Com origem escocesa, o golfe tem como fundamento principal arremessar, com a ajuda de um taco, uma pequena bolinha por um percurso em um campo de grama até colocá-la em um buraco. Para dificultar os jogadores, alguns obstáculos como lagos, árvores e areia são espalhados pelo trajeto.

Oficialmente um campo de golfe tem 18 buracos, que devem ser concluídos um a um, o número de tacadas é acumulativo e servirá como marcador da pontuação. No fim, vence quem der o menor número de tacadas ao longo do percurso. Uma das principais jogadas do golfe é o hole in one, quando o jogador consegue acertar o buraco com apenas uma tacada.

Para mostrar melhor o que é o golfe, fomos conversar com a jogadora Melinda McFarlane, que já integrou a seleção brasileira de golfe.




RUGBY É PROMESSA PARA 2016



Foi com grande alegria e otimismo que a comunidade do Rugby recebeu a notícia de que o esporte fará parte das Olimpíadas Rio 2016. O popular esporte, criado na Inglaterra, tem uma origem curiosa, já que surgiu do futebol. Isso mesmo! O violento jogo da bola oval um dia já foi o mesmo esporte que o futebol que tanto nos encanta. A bola oval citada acima só foi adotada no fim do século XIX, assim como várias regras do esporte.

No Brasil o Rugby ainda está engatinhando. O jogo é praticado principalmente no meio universitário, tendo em São Paulo o maior número de praticantes. No Rio de Janeiro há uma variação do Rugby bem ao estilo carioca: O Beach Rugby, ou Rugby de praia. A cidade organiza diversos campeonatos, recebendo equipes de todo o mundo. O All Blacks. Na América do Sul o esporte é bastante difundido na Argentina e Uruguai, onde houve próximo ocorrerá em janeiro de 2010.

Já o Rugby tradicional tem como principais expoentes as equipes dos países que fazem parte da Coroa Britânica, como a famosa equipe nacional da Nova Zelândia: os grande comemoração pela decisão de o Rugby fazer parte das Olimpíadas Rio 2016.

Aqui no Brasil também houve comemoração. Embora o número de praticantes seja restrito e o esporte seja totalmente amador, a escolha da modalidade para fazer parte da agenda olímpica foi recebida positivamente, como explicou Leonardo Monteiro, bancário e atleta de Rugby.



Nos jogos de 2016 o Rugby será representado por uma variação do esporte, chamada de Sevens, ou Rugby de sete. Nesse esporte há sete jogadores e não quinze como no tradicional. É um jogo mais dinâmico, com pequena duração, que tem potencial para chamar bastante atenção do público. E público fundamental para que o Rugby se desenvolva no Brasil. Com bastante audiência é possível apoio de patrocinadores e autoridades do esporte, para que o Rugby não fique restrito apenas a amadores que, como o nome já diz, são apaixonados pelo esporte.

CHEGOU A VEZ DA PETECA BRASILEIRA



Ao contrário do que possa parecer, o badminton é o segundo esporte mais praticado no mundo. Jogado com raquetes e uma peteca, esse esporte só perde mesmo para o futebol, paixão nacional dos brasileiros.

No Oriente, ele é praticado em quase todas as escolas e academias. Levando em consideração a população da China e Índia é possível entender porque o esporte é considerado o segundo mais popular do planeta.

No Brasil o badminton não é muito praticado, e para algumas pessoas ele é totalmente desconhecido. Disputado oficialmente em quadras cobertas, com medidas de 20m x 15m e com uma rede de 1,55m de altura, o badminton tem suas regras parecidas com as do tênis. Apesar de suas competições serem totalmente dominadas pelos asiáticos, pela primeira vez na história, o Brasil terá uma equipe disputando as competições olímpicas desse esporte. Isso acontecerá graças ao direito do país sede de indicar equipes para todas as modalidades em disputa.

Atualmente o Brasil não dispõem de muitos atletas com capacidade para competir em uma Olimpíada, mas essa realidade já está começando a mudar. Iniciativas como a de Sebastião Oliveira, idealizador do projeto social Miratus, que atende crianças e jovens da comunidade do Chacrinha em Jacarepaguá, promete revelar futuros talentos.

O projeto utiliza o badminton como base principal de suas atividades. Para Sebastião, o poder das raquetes e da peteca é imenso, afinal, mesmo disputando a atenção dos jovens com as pipas e as bolas, ele vem conseguido seduzir muita gente, o que promete formar novos talentos que poderão representar muito bem o Brasil em 2016.